Cyberbullying: A violência virtual







Cyberbullying: A violência virtual




               Esse texto é fruto do minicurso (Bullyng e Cyberbullying: Desafios Escolares) ministrado pelo professor Hugo Monteiro Ferreira (UFRPE), uma das referências nacionais do tema. Minicurso esse, realizado na 70º SBPC-Educação (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizada na Universidade Federal de Alagoas).


Antes do Cyberbullying!


               Primeiro devemos compreender como se iniciou o cyberbullying. Este foi originado através do bullying escolar. O bullying sempre existiu, pois não temos como negar suas raízes históricas em todos os lugares do mundo, deixando suas pegadas de violência de forma intensa e densa na vida de milhões de jovens e criança, o que prejudicou e continua prejudicando a formação escolar e social de vários jovens, deixando traumas psicológicos que podem levar, em seu ponto mais extremo, à morte tanto da vítima ou do agressor(es), feito pela vítima. Nesse ponto devemos entender como ocorre essa interação nas escolas.


O bullying é caracterizado pelo seguinte fluxograma:





 Cyberbullying! 

               O primeiro ponto que devemos saber sobre o cyberbullying é que esse fenômeno ocorre restritamente nas redes sociais, logo, muito mais agressivo psicologicamente que o bullying escolar por ser sistemático e continuo. O cyberbullying por ser um fenômeno que ocorre na rede mundial de computadores amplia a quantidade de pessoas dispostas a semear a maldade, estes sendo chamados de "haters". Os "haters", em uma tradução livre para o português é "aborrecedores", pessoas que utilizam o anonimato da rede para atacar de forma covarde outras pessoas por não possuírem certos padrões sociais, opiniões, homossexualidade, cultura, linguagem, nacionalidade, etc.

               Em outras palavras, o “cyberbullying” é um assédio moral, de manifestação de práticas hostis disseminado nas tecnologias da informação. Pessoas vítimas de cyberbullying desenvolvem inúmeros transtornos psicológicos, tais como TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), síndrome de ansiedade e síndrome do pânico, depressão, fatores esses que podem levar a vítima ao suicídio, ocorrendo na maior parte dos casos mais graves. Com o aumento do uso de redes sociais, esse tipo de prática discriminatória e vexatória tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, sobretudo, entre os jovens.

               As redes sociais, e-mails, os blogs ficam cada vez mais acessíveis com a popularização dos celulares smartphones, pois agora são meios de convivência e comunicação preferida dos jovens modernos. Na rede, eles se expõem publicamente, fazem amigos e compartilham ideias, fotos e vídeos. A partir do momento que um arquivo é lançado na rede, este transita por vários lugares do mundo, e por serem públicos, podem ser roubados e adulterados ou postados por terceiros para expor ainda mais a vítima. Normalmente, os agressores criam um perfil falso na internet, os "fakes", com o objetivo de intimidar e ridicularizar sua vítima, por exemplo.


               Infelizmente, o uso da internet para a organização de ataques à honra das pessoas tem sido uma prática muito comum e que pouco é punida à altura pelas autoridades competentes, principalmente pela dificuldade de identificar o agressor ou o grupo agressor. Mesmo trazendo grandes complicações para a vida das vítimas, pouco é feito para inibir e conscientizar as pessoas de que o cyberbullying pode levar a morte! Esses motivos corroboram para o perpetuamento de um ciclo inquebrável de maldades e atrocidades. Desta forma devemos buscar saídas para o combate à essa prática. 


Como evitar o Cyberbullying?

               Para evitar o perigo da perseguição dos jovens na internet, a orientação escolar e vigilância dos pais torna-se de suma importância. Isso previne que eles sejam vítimas de agressores que buscam alvos fáceis para praticar suas tiranias. Educar jovens sobre quais conteúdos postarem, em que sites entrarem, amigos a se relacionarem é o grande objetivo a ser alcançado para se evitar todos os efeitos negativos que o cyberbullying deixa na vida das vítimas.


Algumas práticas simples podem ser adotadas, entre elas:


1- Instruí-los a não aceitar convites de estranhos nas redes sociais;
2- Manter diálogo aberto com os pais, caso seja vítima de agressão on-line;
3- Evitar que exponham fotos e vídeos pessoais na rede, que possam vir a ser usados para montagens maldosas;
4- Instalar programas que controlem o acesso a determinados sites;
5- Monitorar os sites acessados por meio do histórico do navegador;
6- Dizer que ao se postar comentários ou e-mails agressivos na rede, o responsável poderá ser responsabilizado judicialmente.

               O Comitê Gestor da Internet no Brasil(CGI.br) mediu o comportamento online de jovens, revelando que, entre crianças e adolescentes, um em cada quatro já foi tratado de forma ofensiva na internet, o que corresponde a 5.6 milhões de meninos e meninas entre 9 e 17 anos. O percentual cresce a cada ano, passando de 15% em 2014 para 23% em 2016. Isso alerta aos perigos da navegação, mostrando a importância da atenção dos pais e da escola. Fica evidente, portanto, que todas as vertentes do bullying devem ser combatidas, e nós assumimos esse compromisso como futuros educadores colocando em prática tal metodologia para ajudar a reduzir tais índices.



Indicações do palestrante:

Curta metragem: Caminhos da reportagem, cicatrizes da tristeza (Curta contendo depoimentos e casos de jovens vítimas da perseguição do bullying).


Série: 13 Reasons Why (série adaptado do livro de Brian Yorkey que retrata a vida de uma jovem que se suicida depois de ser vítima de bullying e cyberbullying sistemático).

Livro: Emílio ou quando se nasce com um vulcão ao lado (Autoria do próprio Prof. Hugo Monteiro Ferreira).





Da esquerda para direita:

Jadson da Silva Santos
Profº Hugo Monteiro Ferreira
Gilbert de Oliveira Silva
Victor Hugo dos Anjos Santos



Fontes:

Minicurso (Bullyng e Cyberbullying: Desafios Escolares), Profº Hugo Monteiro Ferreira (UFRPE), 70º SBPC-Educação, 20 de julho de 2018.
https://cgi.br/ (acesso em 08 de julho às 17:22)
Google imagens
https://www.todamateria.com.br/cyberbullying/ (acesso em 08 de julho às 20:43)
https://tecnologia.uol.com.br (acesso em 08 de julho às 18:10)




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